Há 1 ano, Vasco passava por momento ruim no Brasileiro e convivia com protestos da torcida Quinta-feira, 06/06/2024 – 12:34 Parece filme repetido. Na última terça-feira, o Vasco passou por mais um dia de protestos de torcedores no CT Moacyr Barbosa. A cena já aconteceu há pouco mais de um mês. E, há exatamente um ano, o Cruz-Matino vivia outra crise que gerou manifestações em São Januário, no CT e até no escritório da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca.
Desde então, o Cruz-Maltino já está no seu terceiro técnico e no seu terceiro diretor de futebol diferente. Mas algumas situações parecem não terem mudado.
Na época, entre o fim de maio e começo de junho do ano passado, o Vasco também fazia um começo de Campeonato Brasileiro ruim. Sob o comando de Maurício Barbieri e com Paulo Bracks como diretor de futebol, o Cruz-Maltino fez uma campanha parecida com a deste ano, com seis pontos nas sete primeiras rodadas.
Naquele momento, o clube já sofria com protestos que chegaram até ao escritório da SAF vascaína, em um prédio comercial na Barra da Tijuca. Mas situação o clube ficou ainda pior com uma sequência de derrotas.
Protesto de membros da Força Jovem na frente do escritório da SAF do Vasco, na Barra da tijuca. “Where is the football? Keep the promises”, diz uma das faixas. Diretoria da 777, do futebol do Vasco e Barbieri são os principais alvos do protesto. @superesportesMG
🎥 Força Jovem pic.twitter.com/nznJerVN6r
— Gabriel Rodrigues (@gabrielcsr) May 23, 2023
E, assim como neste ano, uma goleada sofrida para o Flamengo também deu início a uma série de protestos contra o elenco e a diretoria da SAF, na época comandada pela 777 Partners.
No dia 5 de junho, o Cruz-Maltino levou 4 a 1 do Rubro-Negro, no Maracanã. Naquela mesma noite de segunda-feira, um grupo de torcedores protestou em São Januário e vandalizou parte da fachada do estádio.
🚨 PROTESTO
Após goleada do Flamengo sobre Vasco, torcedores estiveram no centro de treinamento do Gigante da Colina, em São Januário, e protestaram contra fase do time.
📸: reprodução
— Esportudo (@EsportudoBR) June 6, 2023
Duas semanas depois, uma nova derrota para o Goiás transformou São Januário no palco de uma grande confusão, que começou com o protesto da torcida e ficou ainda pior com a ação truculenta e desproporcional da Polícia Militar.
A partida determinou a demissão do técnico Maurício Barbieri. Poucos dias depois, o então CEO da SAF Luiz Mello também deixou o clube. Lúcio Barbosa, então CFO, assumiu o cargo interinamente e foi efetivado no fim da temporada.
Após esta derrota para o Goiás, torcedores do Vasco protestaram no CT Moacyr Barbosa, assim como aconteceu na última terça-feira (5). A confusão em São Januário também acabou gerando a exagerada interdição do estádio pela Justiça do Rio de Janeiro, que durou cerca de 80 dias.
Protesto de membros da Força Jovem na frente do escritório da SAF do Vasco, na Barra da tijuca. “Where is the football? Keep the promises”, diz uma das faixas. Diretoria da 777, do futebol do Vasco e Barbieri são os principais alvos do protesto. @superesportesMG
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O Vasco acabou contornando a crise no segundo turno do Campeonato Brasileiro, com uma boa campanha de recuperação comanda pelo técnico Ramón Díaz. Ainda assim, só garantiu a permanência na Série A na última rodada, com a vitória sobre o Red Bull Bragantino. No dia seguinte, o diretor de futebol Paulo Bracks foi demitido.
Futebol do Vasco passou por mudanças, mas crise voltou
Depois da luta contra o rebaixamento em 2023, o Vasco passou por mudanças importantes no futebol. A principal delas foi a chegada do diretor de futebol Alexandre Mattos, contratado ainda no fim do último ano.
Conhecido por montar times vencedores, o dirigente animou a torcida do Vasco. No entanto, o resultado passou longe do esperado. Mattos investiu mais de R$ 100 milhões na última janela de transferências, mas o elenco do Vasco seguiu com grandes deficiências.
A queda para o Nova Iguaçu na semifinal do Campeonato, problemas internos com a comissão técnica de Ramón Díaz e a diretoria da SAF, além de uma conversa vazada com um jornalista, acabaram fazendo o diretor ser demitido em abril, 100 dias após a sua contratação.
Ramón Díaz também não ficou muito mais tempo no cargo. E, assim como Alexandre Mattos, em uma nova situação conturbada, com versões diferentes para a saída do experiente treinador argentino, que deixou o clube após a goleada sofrida para o Criciúma, em pleno São Januário.
Agora, com Pedro Martins da diretoria do futebol e Álvaro Pacheco no comando do time, o Vasco tenta sair de mais de uma crise, que surgiu em meio ao imbróglio judicial entre o clube associativo e a 777 Partners. Dessa vez, diferente de 2023, quem comanda a SAF e tentar tirar o Cruz-Maltino deste momento ruim é o ídolo Pedrinho, presidente da Associação.
Fonte: Trivela